terça-feira, 31 de março de 2009

Pra onde?

- Oi meninas, vamos parar com o agarramento no meu carro? - dando um beijo na bochecha de cada uma.
- Vocês lembram da Manuela né?
- Claro, e aí menina, estou sabendo que você está adorando os trotes que ela e os meninos estão fazendo com você - disse a Carol, sempre sorridente e muito simpática, para compensar a Ma, que ainda estava com a mesma cara amarrada de sábado.
- Você viu? Agora até servente eu virei - falei enquanto deixava as caixas no chão.
- Hei, aqui no porta-malas - disse a japonesa abrindo-o.
Coloquei as caixas com muito esforço, pois meus braços já estavam moles de tanto carregar peso.
- Meninas, estamos indo nessa - falou Carol - foi um prazer te ver Manu, vê se dessa vez vai na festa com a gente.
- Que festa? - perguntei.
- A Mi não lhe contou?
Mi. Então esse era seu apelido, não sabia seu nome, mas pelo menos poderia chamá-la de Mi ao invés de "você". E por um segundo me perguntei como ainda não havia descoberto seu nome e pior, porque eu estava demorando tanto tempo para perguntá-lo.
Fiz que não com a cabeça.
- Eu não sei se ela gostaria de ir - falou a Mi.
- Você acha que só porque não sou daqui e moro em uma pequena cidadezinha eu não saiu?
Elas só se olharam.
- O que tem de mais a festa? - perguntei inocentemente.
- É em um barzinho, nada de mais. Vai com a gente que você descobre - disse a Mi olhando para as meninas e rindo.
- Amor, ta na hora - ouvi a Ma dizer no ouvido da Carol.
- Bem meninas, a gente vai lá mesmo - disse a Carol nos dando tchau - a mãe dela já deve estar brava com a gente.
- Tchau meninas - foi a única coisa que a Ma disse sem fazer cara feia.
- Simpática ela - falei ironicamente.
- Você está falando mal das minhas amigas?
- Não, estou fazendo um comentário. Acho que ela não gostou de mim - dei com os ombros.
- Ela não gosta de ninguém, acha que todos querem ficar com a Carol, só porque ela é extrovertida e fala com todo mundo.
- Eu sou todo mundo agora é?
- Não, você é apenas um bixo querendo se rebelar - riu.
Ela ficava especialmente bonita enquanto ria.
- Meu trabalho já foi feito, e já que você não quer me dizer que festa é essa eu vou embora - disse já acenando.
- Calma aí. Quero te fazer uma proposta.
- Lá vem - falei ficando um pouco ruborizada por pensar besteira.
- Você está vendo que meu braço está machucado né?
- Aham, e?
- E é o seguinte. Eu não sei por que estou te falando isso, mas como hoje está quente os meninos prepararam uma brincadeira especial pra vocês, bixos.
- Que brincadeira?
- Encheram bexiguinhas e vão fazer uma guerra. Adivinha quem vai ser o alvo especial?
- Puts! - soltei.
- Mas dessa vez eu, como sou muito boazinha, vou te dar uma opção.
- E qual é?
- Eu tenho que levar essas caixas para casa.
- E?
- Você podia ir comigo para me ajudar a subi-las.
Eu ri achando que era piada. Mas vendo sua cara séria falei:
- Você ta falando sério?
- Sim, eu moro no 9° andar.
- E lá não tem elevador? Porque percebi que nessa "capital" - sinalizei com os indicadores - não chegou esse tipo de tecnologia ainda né? No prédio de Artes nada né?
Ela riu - Tem, mas como que vou levar até lá? Eu moro aqui pertinho - me explicando onde era. Tive uma leve noção de onde ficava sua casa.
- Pede para o seu namorado levar para você - dessa vez tive vontade de me enfiar no primeiro buraco que aparecesse, porque estava insistindo em falar de namorado?
- Nossa, que má vontade. Não vê que sou uma pobre mocinha que se machucou?
- Eu nem sei o seu nome, pra começo de conversa.
- Se eu disser você vai? - disse ela fazendo uma carinha de criança - se ela não estava flertando comigo então eu realmente merecia ter nascido um homem pra falar tamanhas besteiras - os meninos que me perdoem - Prometo a você que não quero te seqüestrar, nem te fazer mal - riu - apenas preciso levar isso para casa.
- Com uma condição eu vou.
- Que condição?
- Diz para os meninos pararem com esses trotes - falei inocentemente.
- Combinado - esticou sua mão para apertar a minha - agora vamos?
- Ah, mais uma coisa - falei.
- Outra?
- Eu volto pra casa como? Não trouxe dinheiro nem para a passagem.
Ela riu. Eu até poderia ficar envergonhada por não ter dinheiro, mas afinal de contas, eu é que estava fazendo um favor a ela, pensei tentando me consolar por estar sendo tão pobretona.
- Você já sabe pedir esmolas na rua - ela riu e logo falou ao ver minha cara - to brincando, a gente dá um jeito.
- Sei..
- E pra não dizer que eu sou chata, até abro a porta para você - mas ela ficara ao lado da porta, e quando eu entrei nossos corpos se encostaram levemente. De propósito? Muito cedo para conclusões, mas já poderia abrir o bolão apostando que eu ainda ficaria com essa menina.
- Você pode dirigir com o braço assim?
Ela sorriu - eu vim pra cá dirigindo, e estou viva, não estou?
- Acho melhor eu apertar o cinto - falei rezando para que fosse apenas brincadeira.
- Relaxa menina - falou ela ao ver minha cara de preocupação.
Eu não sou tão paranóica, mas sofri um acidente muito feio há dois anos atrás, fiquei um dia no hospital em observação, quebrei o braço, fiquei enfaixada até a unha da mão direita. Lembrei da Patrícia e sua cara quando me viu deitada na cama daquele estado. Olhou para minha mão e sorriu dizendo baixinho no meu ouvido "ainda bem que você é canhota" e me dando um beijo rápido. Aquele dia ficara marcado pra sempre, como a primeira vez que ela me dera um beijo em público. Ta certo que não tinha ninguém no quarto de recuperação, mas ainda assim sabia o quanto tinha significado pra ela.
Meu telefone tocou. Era o Rogério confirmando que eu podia ficar curtindo minhas novas "férias" que ele estava resolvendo tudo. Mas tinha uma surpresa para mim. Quando perguntei sobre ela, ele disse que ia perder a graça se contasse antes da hora e que então na outra semana eu iria para lá.
- O namorado já está marcando em cima? - falou ela enquanto tentava tirar o carro do estacionamento. Com tantos estudantes caminhando sem olhar por onde, até uma pessoa com 5 braços não conseguiria sair assim tão fácil.
- Não, porque o seu marca?
- Não costumo deixar ninguém ficar marcando em cima de mim não - ela olhou para mim, mas eu desviei o olhar falando:
- Cuidado com o menino! - que estava quase em cima do carro.
Ela ligou o rádio, conversamos um pouco sobre as rádios de hoje em dia, que tudo virou jabá. Perguntou-me então se eu gostava de Megadeth, com um CD na mão.
- Você gosta de metal?
Rindo falou - Não, é do meu irmão. Acho que não tem nada que preste aí, da uma olhada dentro porta-luvas.
- Vejamos - disse eu, enquanto tirava um porta CDs preto. Virando os CDs fui lendo em voz alta - Olha, esse é do seu irmão também? CD da Malhação?
Riu alto - Isso é do meu sobrinho, ele gosta de uma música desse CD.
- Acredito - e continuando a olhar os CDs - Bethowen, clássico. De quem é esse?
- Meu pai.
- Não sabia que japoneses gostavam de música clássica.
- Japoneses também são gente, sabia?
- To percebendo pelo gosto musical que sim, Exaltasamba? - falei arregalando os olhos.
Ria-se mais ainda - Eu não faço idéia como isso foi parar aí.
- Bem eclética essa sua família, hein? O que mais temos aqui.. Ah, algo mais parecido com o que eu gosto, Legião, Titãs.. Cássia Eller, esse aposto que é seu.
- Por quê?
- Sua cara - e ri sem olhar para seus olhos.
- Você mora aonde? – perguntei depois de alguns minutos de silêncio.
- Ta tão ruim assim a minha companhia que você quer ir embora? Posso te deixar aqui na rua, e eu subo com tudo isso sozinha.
- Eu quase senti pena de você - sorri - Mas eu não posso aceitar descer aqui.
- Viu só, porque você não vai me deixar subir sozinha né?
- Não, é que eu realmente não sei onde estamos - e ri mais ainda com a cara de decepção dela.
- Então você é a Mi, a outra é a Ma. Vocês têm uma criatividade incrível para apelidos né?
- Você ta querendo apanhar? Primeiro chama a minha amiga de mal-humorada, depois vem nos criticar pelos nossos apelidos?
- Se vocês começarem a me chamar de Ma também, vou sim. E aliás, eu ainda não sei seu nome. Estou indo para um lugar que eu não conheço, para carregar duas caixas pesadíssimas, que eu também não sei o que tem dentro, e a pessoa que me faz passar por isso só sei que se chama Mi. Seu nome é tão feio assim?
Ela riu.
- Prometo que se seu nome for feio eu não vou rir.
- Promete?
- Prometo.
- É Isolina Yumi.
- Isolina?
- Sim - disse ela séria - não falei que você ia rir?
- Quem está rindo? - falei me contendo - bonito o nome, bem diferente.
Ela começou a rir - Você perdeu a sua cara! - falou sem parar de rir.
- Por quê?
- Não me chamo Isolina né?
- Por que não poderia se chamar assim? - falei rindo - achei só que não é um nome muito japonês, mas vai saber..
Entramos em uma rua com um pouco menos de movimento.
- É aqui - disse ela, mostrando o prédio.
Contornamos a quadra para entrar na garagem.
Estacionando ela disse:
- Você sabe puxar o freio de mão?
- Por que da pergunta?
- Hoje de manhã tentei puxá-lo, mas meu braço doeu muito. Até agora está doendo. Puxa? - já saindo do carro.
Puxei o freio de mão e permaneci sentada.
- Você não vai descer?
- Estou esperando você abrir a porta para mim de novo - sorri.
- Eu não vou abrir nada - disse ela.
- Então vamos ficar aqui até amanhã.
- Eu não vou abrir que você vai ficar muito mal acostumada.
- Eu vou carregar um chumbo nas costas que nem sei o que é e você não pode abrir a porta e me fazer essa gentileza? - era gostoso ficar nesse joguinho com ela.
- Não! - falou abrindo o porta-malas.
Permaneci sentada por mais 1 minuto, cronometrado pelo relógio, até que ela cedeu e veio abrir a porta para mim.
- Viu - falei enquanto saia - nem doeu ser um pouco legal, só para variar.
Dessa vez fiz questão de encostar nela na saída do carro.
Pegando as caixas segui pelo corredorzinho com ela. Enquanto ela segurava a porta para eu entrar no elevador, quase deixei cair uma das caixas.
- Cuidado que isso é muito importante!
- Vem levar isso então - falei bruscamente. Os meus braços estavam pedindo ajuda. E nem tinha espaço para colocar as caixas no chão. Maldita hora de aceitar esse convite.
9ª andar.
Eu ainda estava segurando as caixas quando ela tentou pegar as chaves mas não achava.
- Quem sabe você demora mais um pouco, porque ta tão legal ficar segurando isso.
- Quem sabe você larga isso e me ajuda a encontrá-las?
Quando coloquei com muito esforço as caixas no chão ela soltou um gritinho "achei".
Meu plano maquiavélico veio novamente a tona, mas dessa vez um pouco mais planejado. Aqui, com o andar sem ninguém seria mais fácil de matá-la com uma dessas caixas. Desceria pelos elevadores como quem não quer nada e ainda saia de carro novo. Que raiva que subiu pela minha cabeça. Talvez ela estivesse fazendo de propósito, deixar eu largar as caixas para dizer que tinha achado as chaves. Ta, não tenho culpa se sou um pouco paranóica de mais. Só valia a pena ficar carregando peso, porque era extremamente excitante conversar com ela e ficar nesse joguinho que recém tinha começado.
Entramos no seu apartamento, não era muito grande. Logo de cara uma sala, com sofás e uma televisão que segundo meus cálculos devia ter 30 polegadas. Entrando um pouco mais a direita tinha uma cozinha, que pela passada que dei era muito pequena, mais adiante um corredor em forma de "t". A esquerda um quarto, ao lado outra peça, que deduzi ser outro quarto, o banheiro e enfim o quarto dela a direta.
- Está um pouco bagunçado, mas hoje foi bem difícil colocar minhas roupas com o braço assim. Coloque as caixas aqui - apontou para o lado da mesinha do computador.
O quarto não era muito grande, nem muito pequeno. Um guarda-roupa bem grande, a mesa do computador e a cama. Em cima da cama vários bichinhos de pelúcia, muito deles eram sapinhos. Vendo o meu olhar sobre eles ela disse:
- Cada amiga minha que veio de fora me deu um de recordação - sorriu enquanto pegava um na mão - é uma tradição.
Nem dei muita atenção para o que ela falava. Estava cansada, aquelas caixas eram muito pesadas. O calor misturado com o esforço de carregá-las me fez suar. Provavelmente eu estava com uma cara péssima, parecendo um moleque depois do jogo de futebol. Avistei um espelho e confirmei minhas suspeitas. Pedi licença e fui ao banheiro.
O banheiro era pequeno, só de entrar consegui bater em duas coisas. Lavei meu rosto. A água gelada me deu um novo ânimo. Tentei arrumar o cabelo como pude. Estava com um rabinho, não tinha muito que fazer.
Voltando para o quarto vi que ela estava sentada na cama.
- Como eu já te fiz muitos favores - falei eu num tom de brincadeira - vou faltar um pouco com a educação e vou te pedir um copo de água, por gentileza.
- Pega lá! - disse ela sem me olhar.
- Como assim pega lá? Eu não sei o seu nome e vou entrar na sua cozinha e mexer nas suas coisas?
- Eu não sei por que o meu nome é tão importante assim. Se eu te falar meu nome você vai pegar a água? - riu ela, agora colocando seus olhos sobre mim.
- Você deve estar cansada né? - ri ironicamente.
- Vocês do interior são complicados! Meu braço está doendo, não tem erro, sai da porta, vira à esquerda e vai reto. Vai dar de cara com a geladeira. Deve ter água gelada lá.
Sai em busca da água. Menina folgada essa.
Abri a geladeira azul (porque mesmo que geladeira sempre tem que ter cor de calcinha?) e me deparei com um monte de coisas. Havia um vinho pela metade na porta, dois ovos e muita salada verde. Quase desistindo de achar a água, encontrei-a atrás de um pote transparente, que mostrava ter uma coisa bem estranha dentro dele. Olhando-o melhor percebi que era uma espécie de arroz.
Pensei em levar um copo para ela, pois estava muito quente. Mas se eu fizesse isso estaria "entregando" o jogo.
A água desceu cortando minha garganta, pois estava muito gelada.
- Manuela, você morreu? - gritou ela do quarto.
- É eu me perdi no meio de tanta alface e verdinhos - ri, e após ouvir seu riso do quarto falei antes de pensar - Já está com saudade de mim? Ao chegar no quarto me dei conta do que dissera ficando um pouco encabulada, tratei de voltar a minha atenção para um porta-retrato ao lado do computador.
- Isso aqui é você? - uma foto de duas crianças fantasiadas, uma de elefante e outra de zebra.
- Olha o jeito que você fala de mim - disse levemente sorrindo, ao pegar o retrato para ela.
Silêncio. Nossos olhares se cruzaram e senti meu coração bater um pouco mais rápido.
- Você vai me dizer o que tem dentro dessas caixas?
- Acho que você nem vai gostar de saber, vai achar bobo e vai ficar com raiva de mim.
- Porque raiva?
Ela então abriu uma caixa. Havia esculturas dentro. Eram várias esculturas de mulheres em diversas posições.
- Quem fez? - perguntei encantada com a riqueza dos detalhes de cada uma.
- Um amigo meu.
- E porque eu deveria ter raiva do seu amigo?
Olhei embaixo e estava escrito "Danielli Yumi".
- Seu amigo se chama Danielli?
Ela sorriu ficando completamente corada.
- Você que fez isso? Não acredito!
- São feias né? Pode falar!
- São lindas! Mas como elas estavam na faculdade de Artes se você faz arquitetura? - perguntei.
- É uma longa história.
- Se você não se importa de me contar, estou a ouvidos.
E assim passamos a tarde de sexta-feira. Ela me contou que sempre fez esculturas, desenhos, desde pequena. Ela tinha um tio que era artista plástico, ele havia ensinado muitas coisas a ela. Ficara na dúvida de fazer artes ou arquitetura e que optara por arquitetura na última hora. Um amigo seu que fazia Artes na faculdade havia lhe chamado para participar de uma exposição interna ano passado e ela havia feito essas esculturas de mulheres pois a exposição falava sobre a evolução, e sobre como as mulheres começaram a ganhar mais espaço na sociedade. Elas eram de uma espécie de barro, já que para mim não adiantava muito explicar o material que era feito. Disse que iam colocá-las fora, pois não tinha mais espaço para tantas obras dos alunos e como ela não era aluna do curso, precisariam se desfazer delas. Falou ainda que sua mãe não sabia que ela participara da exposição e que ainda estava pensando em uma forma de esconder as esculturas, pois se ela visse ia dar uma briga muito grande. Explicou-me que sua mãe não aprovava ela fazer arquitetura, que ela estava deixando seu talento para fazer casinhas por aí, já seu pai dizia que ela precisava ter uma profissão que desse dinheiro, que não fosse como o seu irmão – tio dela. Seus pais tinham uma pequena lojinha, onde vendiam de tudo.
- Daqui a pouco eles chegam - disse ela olhando para o relógio-despertador ao lado da cama - Você me ajuda a colocar essas caixas dentro do guarda-roupa?
Com um pouco de esforço e fazendo 2+2 caber em 3, conseguimos guardá-las.
- Nem sei como lhe agradecer Manuela.
- Pode começar me chamando só de Manu - falei.
- Manu - repetiu ela.
Silêncio, recheado de sorrisos. Tudo bem, posso ter parecido muito atirada e já entregando o ouro assim de bandeja, me entregando em sorrisos, mas estava lembrando como era flertar com meninas. Desde que parara de namorar com Luciana nunca mais havia ficado com ninguém.
- E a festa, você vai me contar agora onde é?
- Nossa, me esqueci completamente disso! Tenho que avisar o resto do pessoal ainda - falou enquanto ligava o computador.
- Senta aí - apontou para a cama.
- Já que você não vai me contar onde é a festa, então eu vou indo pra casa - disse me levantando.
- Espera Manu - segurou minha mão - você vai embora como? A pé? - riu.
- Puts, verdade! Você vai me levar então?
- Nem posso mais usar o carro, meu irmão vai chegar daqui a pouco também e nas sextas à noite o carro é dele.
- E o que você sugere?
- Que você espere até eu dar um jeito. Fica a vontade, pode ligar a TV se você quiser.
A raiva começou novamente, e ganhando cada vez mais força. Estava morrendo de fome, apenas com um pãozinho comido às 7:00 e ela ainda não queria me levar? Eu nem sabia direito onde eu estava.
- Danielli.. É sério, está ficando tarde, depois para eu ir embora vai ficar pior.
- Hei Manu, se acalma! Olha um pouco de TV que eu já resolvo isso, to falando sério!
- Hm - resmunguei enquanto deitava na cama.
Meus olhos estavam pesados, não havia conseguido dormir na noite anterior.
Acabei cochilando.

3 comentários:

uma fã qlqr disse...

Fletar... rs
acho q tbm já me esqueci um pouco como eh isso.

mas de fato flertar com menina é algo assim... sensacional!

esperando mais.

Olga disse...

Oie! Que legal, vc sumiu e voltou, eu também!
To curiosa pra ler as novidades, vou fazer isso agora.
Bom fim de semana!

Olga disse...

Que história legal!
Eu estava gargalahndo em frente ao computador, meu irmão até veio saber o que estava acontecendo e eu inventei uma desculpa qualquer.

Conta o resto! Mas eu acho que ainda prefiro a "loira, meio punk/rock"!