sábado, 28 de junho de 2008

Super Surpresa!

Luciana. Sim, depois de um mês sem vê-la, ela estava alí parada na minha frente. Vendo minha cara de espanto, sorriu:
- Surpresa!!
- É - disse eu embaraçada com a situação.
Mas fomos interrompidas pelo resto do pessoal que estava na festa, André extravagante como nunca tinha visto veio me dar um abraço me tirando do chão. Em seguida Beto, Cátia, Leila, Marcelo, Diego, .. Todo o pessoal do cursinho e da escola. Procurei mas a Patrícia não estava no meio do grupo.
- Então você achava que ia embora assim? - falou André me servindo um copo de cerveja - Mas nunca!!!
Conversamos sobre a viagem, o cursinho, quem havia passado nas faculdades, de como era bom rever o pessoal, que tínhamos que marcar alguma coisa um dia desses, enfim, aquele papo de sempre.
- Antes de você ir, gostaria de falar com você - disse Luciana pertinho do meu ouvido. - E dessa vez você não me escapa!
Resolvi então conversar com ela, afinal o que poderia acontecer? Que falasse então de uma vez que não queria mais nada com ela, que achava ela muito legal mas que não dava mais.. Todo aquele meu repertório decorado e redecorado que nunca havia dito a ela. Por medo, por preguiça, por sei lá o que só havia dito uma vez a ela para me deixar em paz. Na verdade Patrícia estava certa, eu gostava dela correndo atrás de mim, saber que depois de tanto tempo ela estava na minha mão. Maldosa ou não levei o nosso fim do namoro assim, me fazendo de morta, que não estava nem aí, até que um dia realmente parei de estar.
Pegando na minha mão ela me levou até o quarto do André.
- Calma, é só para conversarmos melhor - disse ela vendo a minha expressão ao fechar a porta trancando-a.
Indo mais para longe dela, disse:
- Então, - sem olhar para ela - o que você quer conversar?
- Que bicho lhe picou que você está mal educada? Você não era assim quando lhe conheci - sorriu.
- Eu - paralisando ao vê-la. Esse um mês a fez ficar ainda mais deslumbrante. Estava com um vestido que eu adorava que tinha um decote que mostrava o suficiente para qualquer pessoa ficar louca - Eu não fui picada por ninguém não - sorri voltando ao posto de quem comandava a situação - só que daqui a pouco já tenho que ir para não perder o ônibus.
- Sei - disse chegando mais perto de mim - Eu só queria saber porque você não atende mais as minhas ligações, finge que eu não existo mais. Você sumiu sem me dizer nada..
- Eu disse sim Luciana, eu falei com você, você que não acreditou no que eu disse.
- Mas estava tudo tão bem.. Não entendo o que aconteceu.
- Estava tudo bem com você, comigo não. E estava falando isso para você há tempos, mas você nunca me deu ouvidos. Sempre achou que eu estaria a disposição para tudo. Cansei disso..
- Foi a Patrícia né?
- O que? Não coloca ela no meio da história que ela não tem nada a ver.
- Não? - sorrindo - bem se vê que não, então para que ficar tão nervosa?
- Não estou nervosa Luciana.
- É ela sim.. Você e essa sua "amiguinha" que nunca deixaram de se gostar.
- Olha Luciana, se era isso que você queria falar comigo, então com licença que eu vou me despedir do pessoal.
- Calma Manuzinha - segurando meu braço - eu não quero brigar com você. Eu gosto tanto de você. - me puxando para mais perto. Confesso que ela ainda conseguia me atrair. Com seu jeito. Seu jeito era inexplicável. Ela conseguia seduzir qualquer pessoal. Até quem não era muito chegado na fruta. Com seus cabelos sempre muito bem arrumados, seu perfume, sua maquiagem, suas roupas ou com a falta delas.
- Quero ouvir você dizer que não sente falta de mim - disse ela chegando tão perto que conseguia sentir a sua respiração.
Como dizer não para uma mulher como ela? Mas para que prolongar uma coisa que não ia durar? Mas porque não aproveitar já que eu estava indo embora?
- Lulu, você continua a mesma né? - disse olhando para os seus olhos. Não poderia deixar meus olhos chegarem a sua boca, porque rapidamente estaria envenenada pela sua estonteante beleza e sexualidade. Tudo com ela era sexy. Já estava ficando atordoada com o seu corpo virado contra o meu, roçando a cada movimento que ela fazia. Suas mãos já estavam enlaçadas na minha cintura. A hora era essa, ou eu saía, ou eu me entregava. Não pelo amor, não pelo namoro mal acabado, mas pelo prazer que ela me proporcionava. Não, eu não sou uma cafajeste, não sou uma pilantrinha, mas tem certas coisas na vida que aprendi que não precisam de muita razão para acontecer.
- Só mais um beijo, e deixo você em paz - disse ela aproximando sua boca da minha me beijando. Para que? Com ela a combustão era imediata. Ela me tocou na cama, subindo em cima de mim não dando espaço para eu me mexer. Forçou seu ventre contra o meu. Nossos beijos ganhavam cada vez mais intensidade. Fazia tempo que não ficávamos juntas, mas era como se tivesse sido ontem que havíamos nos visto. Veio uma lembrança de Patrícia, que logo foi apagada pelos beijos de Patrícia que já ultrapassavam minha calcinha. O sexo aconteceu em poucos minutos, com a mesma avidez de sempre. Sexo, só sexo.
Fechei o resto da roupa que ainda estava aberto, mas ela permanecia deitada na cama me olhando.
- Acho que nem a Patrícia é capaz de fazer o que eu faço com você - sorriu ela presunçosa.
- Você que continua a mesma, sempre colocando a Patrícia no meio da história.
Mas era incrível como essa menina conseguia ser tão sensual. Repito que não sou uma infamezinha qualquer. Mas a sua sensualidade. Gostaria de lhe mostrar ela para ver se você não concordaria comigo.
Mas além de sensual, ela era insaciável. Ainda sem a parte de baixo da roupa fez menção de que iria se tocar, ali na minha frente.
- Vem cá que meu assunto com você ainda não acabou - sorriu maliciosamente para mim.
Fiquei extasiada olhando-a. Olhei para o relógio e já eram 16:34.
- Pelo amor de Deus, pára com isso - disse eu torturando-me para não ir em sua direção e tocá-la também - eu tenho que ir, meu ônibus.. Ele não vai me esperar.
Mas ela continuava me deixando hipnotizada. Para findar com o meu suplício bateram na porta. Era o André.
- Mocinhas, não quero incomodá-las mas Manu, se você não vir logo, irá perder o ônibus. Temos que pegar as suas coisas ainda.
Luciana parou. Levantou-se da cama, caminhando em minha direção. Olhou-me profundamente e me deu um beijo. Colocou o restante de suas roupas e abriu a porta, saindo sem olhar para trás.
André entrou no quarto olhando para a cama e sorrindo soltou um suspiro.

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