Já passava da meia noite quando Déia finalmente me ganhou uma partida. Na verdade havia a deixadoela ganhar, pois estávamos a horas jogando e o máximo que ela tinha feito era chegar até a bola oito. Ela pulara feliz no mesmo lugar, tomando mais um gole de cerveja.
- Até que enfim né? - falou um pouco enrolada - eu - esticou os braços - ganhei - falou um pouco alto de mais. Algumas pessoas viraram-se para nós, mas só conseguíamos rir. Pensei que já estava na hora de parar com a cerveja, como ontem, as coisas estavam ficando brilhosas e embaçadas de mais para qualquer consciência sã, cheia de razões e principalmente, sóbrea.
- Então Déia, vamos nessa? - falei guardando o taco no seu lugar.
- Mas já? - falou derrubando sem querer o copo de cerveja no chão. Espalhara vários cacos de vidro por debaixo da mesa e ela só conseguia rir sem parar. Ela definitivamente estava bêbada.
- É melhor nós irmos para casa agora né? - falei tornando-me sóbrea instantaneamente.
Paguei a conta com minha última nota de cinquenta. Gastamos 47 reais com 50 centavos. Lá se fora meu dinheiro.
- Onde você mora Déia?
- Deixa que eu me viro - falou tropeçando no degrau da saída do bar, mas consegui segurá-la antes que caísse no chão.
- Não vou deixar você ir para casa sozinha desse jeito - falei me sentindo uma mãe.
- Eu moro por ali - apontou para a avenida de cima.
- E esse por ali é muito longe?
- Que nada - falou fazendo um beiço estranho. - Sabe - ela não conseguia falar direito - você - e me cutucou com o indicador por alguns segundos - você - disse agora sorrindo - você é muito legal.
Eu ri porque foi muito engraçado, e eu não estava tão sóbrea assim para me conter vendo uma bêbada falando que eu era legal. Aquelas coisas que quando acontecem é muito engraçado, mas quando se conta não, assim bem curto e grosso.
Caminhamos por ruas um pouco escuras de mais, mas todo bêbado que se preze se torna valente da noite pro dia, ou do copo pra boca, continuamos caminhando.
Tocamos a campainha várias vezes, até achar que talvez ela não soubesse direito onde estávamos, mas para meu grande alívio Rê abrira o portão.
Ela estava com a cara amassada como se estivesse dormido por cima de algo quadriculado, o desenho que formara no seu rosto lembrava os quadradinhos de uma raquete de Tênis.
- Oi, desculpa incomodar, mas é que a Déia - Eu, gritou ela levantando as mãos - Eu sou a Déia, disse rindo sem parar.
Sorri para a Rê dando com os ombros - a gente bebeu um pouquinho de mais...
- Mas só um pequetitinhozinhozinho assim - falou a Déia enquanto juntava seu polegar com o indicador tentando mostrar a quantidade de cerveja que havíamos tomado.
- Normal, a Déia é foda - falou rindo pois agora a Déia estava dançando sozinha com um par invisível - Sério que ela só tomou cerveja?
Rimos e com grande esforço conseguimos carregá-la para dentro do apartamento.
Era um apartamento antigo, e por ser assim era enorme perto dos novos de hoje em dia. Logo na entrada era a sala, que tinha um sofá preto em L com um sofá laranja, alguns pufes pretos, uma estante onde estava uma televisão enorme. No fundo da peça percebi que era a cozinha, estilo americana, com bancos altos que lembravam aqueles de boteco.
- Deita ela aqui - disse Rê apontando para o sofá preto.
- Tudo ta rodando - falou Déia rindo e fazendo círculos com o indicador.
- Acho melhor deixar ela sentada - Rê pegando-a pelos ombros e encostando-a no sofá.
- Tenho cede - falou Déia muito alto.
- Schhhhii sua louca, vai acordar a Malu - falou Rê colocando seu dedo sobre a boca dela.
- Tenho fome - cantarolava Déia sem dar atenção aos pedidos de Rê.
- E fome sabe do que? - perguntou Déia.
- Do que - respondeu Rê já conformada que se não desse trela para ela, era capaz dela gritar ainda mais.
- De mulher, vem cá - puxou-a pelo braço fazendo-a cair sentada no seu colo.
- Cara, vocês estão chapadas, não é possível - falou Rê rindo, tentando se desvencilhar dos braços de Déia que mais pareciam de um polvo.
- Vou buscar água pra vocês e Manu, não deixa essa maluca ir para lugar nenhum.
Mas eu estava cansada, dois dias seguidos ingerindo uma quantidade absurda de álcool me deixaram meio lenta, com sono. Me escorei no sofá laranja, pensando que era só enquanto a Rê buscava a água. Acordei no outro dia com uma dor insuportável no pescoço. Havia dormido sentada, com a cabeça caída no sofá do apartamento das meninas.
- Até que enfim né? - falou um pouco enrolada - eu - esticou os braços - ganhei - falou um pouco alto de mais. Algumas pessoas viraram-se para nós, mas só conseguíamos rir. Pensei que já estava na hora de parar com a cerveja, como ontem, as coisas estavam ficando brilhosas e embaçadas de mais para qualquer consciência sã, cheia de razões e principalmente, sóbrea.
- Então Déia, vamos nessa? - falei guardando o taco no seu lugar.
- Mas já? - falou derrubando sem querer o copo de cerveja no chão. Espalhara vários cacos de vidro por debaixo da mesa e ela só conseguia rir sem parar. Ela definitivamente estava bêbada.
- É melhor nós irmos para casa agora né? - falei tornando-me sóbrea instantaneamente.
Paguei a conta com minha última nota de cinquenta. Gastamos 47 reais com 50 centavos. Lá se fora meu dinheiro.
- Onde você mora Déia?
- Deixa que eu me viro - falou tropeçando no degrau da saída do bar, mas consegui segurá-la antes que caísse no chão.
- Não vou deixar você ir para casa sozinha desse jeito - falei me sentindo uma mãe.
- Eu moro por ali - apontou para a avenida de cima.
- E esse por ali é muito longe?
- Que nada - falou fazendo um beiço estranho. - Sabe - ela não conseguia falar direito - você - e me cutucou com o indicador por alguns segundos - você - disse agora sorrindo - você é muito legal.
Eu ri porque foi muito engraçado, e eu não estava tão sóbrea assim para me conter vendo uma bêbada falando que eu era legal. Aquelas coisas que quando acontecem é muito engraçado, mas quando se conta não, assim bem curto e grosso.
Caminhamos por ruas um pouco escuras de mais, mas todo bêbado que se preze se torna valente da noite pro dia, ou do copo pra boca, continuamos caminhando.
Tocamos a campainha várias vezes, até achar que talvez ela não soubesse direito onde estávamos, mas para meu grande alívio Rê abrira o portão.
Ela estava com a cara amassada como se estivesse dormido por cima de algo quadriculado, o desenho que formara no seu rosto lembrava os quadradinhos de uma raquete de Tênis.
- Oi, desculpa incomodar, mas é que a Déia - Eu, gritou ela levantando as mãos - Eu sou a Déia, disse rindo sem parar.
Sorri para a Rê dando com os ombros - a gente bebeu um pouquinho de mais...
- Mas só um pequetitinhozinhozinho assim - falou a Déia enquanto juntava seu polegar com o indicador tentando mostrar a quantidade de cerveja que havíamos tomado.
- Normal, a Déia é foda - falou rindo pois agora a Déia estava dançando sozinha com um par invisível - Sério que ela só tomou cerveja?
Rimos e com grande esforço conseguimos carregá-la para dentro do apartamento.
Era um apartamento antigo, e por ser assim era enorme perto dos novos de hoje em dia. Logo na entrada era a sala, que tinha um sofá preto em L com um sofá laranja, alguns pufes pretos, uma estante onde estava uma televisão enorme. No fundo da peça percebi que era a cozinha, estilo americana, com bancos altos que lembravam aqueles de boteco.
- Deita ela aqui - disse Rê apontando para o sofá preto.
- Tudo ta rodando - falou Déia rindo e fazendo círculos com o indicador.
- Acho melhor deixar ela sentada - Rê pegando-a pelos ombros e encostando-a no sofá.
- Tenho cede - falou Déia muito alto.
- Schhhhii sua louca, vai acordar a Malu - falou Rê colocando seu dedo sobre a boca dela.
- Tenho fome - cantarolava Déia sem dar atenção aos pedidos de Rê.
- E fome sabe do que? - perguntou Déia.
- Do que - respondeu Rê já conformada que se não desse trela para ela, era capaz dela gritar ainda mais.
- De mulher, vem cá - puxou-a pelo braço fazendo-a cair sentada no seu colo.
- Cara, vocês estão chapadas, não é possível - falou Rê rindo, tentando se desvencilhar dos braços de Déia que mais pareciam de um polvo.
- Vou buscar água pra vocês e Manu, não deixa essa maluca ir para lugar nenhum.
Mas eu estava cansada, dois dias seguidos ingerindo uma quantidade absurda de álcool me deixaram meio lenta, com sono. Me escorei no sofá laranja, pensando que era só enquanto a Rê buscava a água. Acordei no outro dia com uma dor insuportável no pescoço. Havia dormido sentada, com a cabeça caída no sofá do apartamento das meninas.
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