domingo, 7 de junho de 2009

Chega de tequila

Estávamos escoradas no balcão do bar olhando para as pessoas dançando, eu, Yumi e Carol.
- Chega dessa depressão - disse Carol se virando para nós duas - Vamos beber TEQUILA! - gritou animada - eu pago.
Sal, tequila, limão. Repetimos essa ordem três vezes, uma atrás da outra. Misturado com a cerveja que já havíamos tomado, o álcool já começava a fazer seu efeito. (ben) maldito álcool.
- Acho que to meio alegre - disse Yumi rindo.
- Então você podia ficar comigo né? - disse Carol segurando-a pela cintura rindo.
- Sai fora sua louca - falou ela rindo mais ainda - olha ali na sua esquerda Carol, que cara lindo.
Olhei também e enxerguei o André vindo em nossa direção. Tinha um largo sorriso estampado na cara. Passou pelas meninas até chegar em mim.
- Oi gostosa - falou me dando um celinho, e um abraço apertado que chegou a me levantar do chão - que saudade que eu estava de você!
- Dé, eu quem o diga, falei dando mais um abraço.
- Não vai me apresentar suas amigas? - falou ainda abraçado em mim.
Apresentei brevemente elas, Yumi com uma cara desapontada e Carol sempre sorridente.
- Vou roubar a amiga de vocês um pouquinho, ta? - falou me puxando pela mão.
- Nossa elas são lindas, qual delas você tá pegando? - perguntou ainda caminhando para o lado oposto do bar.
- Ai queria ta pegando a japonesinha, mas acho que ela não é muito chegada não.
- Claro que é Manu, ta na cara!
- Será?
- Eu acho.
- Mas quando ela te viu achou você lindo, até comentou com a gente.
- Isso não quer dizer que ela também não pegue meninas, né fofíssima. E eu sou gato mesmo - falou mais convicto do que brincando.
- Ah, você sabe que se você curtisse mulheres eu te pegaria de boa - falei abraçando-o mais forte.
- E quem disse que eu não curto - falou me dando um beijo no pescoço, perto da orelha.
Nesse momento Carol passou por nós e me olhou rindo. Provavelmente acharam que ele fosse meu namorado, pois não havia parado de falar dele dentro do carro.
- Ta, eu não gosto de mulheres - riu - mas pra você eu abro uma exceção - e riu mais alto - Mas... - retomou - eu não vim aqui pra ficar com você, outra pessoa veio.
Levei um susto.
- E ela já deveria estar aqui, onde diabos se meteu essa menina?
Pensei que fossa a Patrícia, desejei que fosse ela. Mas quando enfim encontramos a tal pessoa minha surpresa foi desfeita. Era a Luciana.
Por alguns segundos esqueci do mundo ao vê-la vindo em nossa direção. Eu não a amava mais, mas ela continuava sendo uma mulher absolutamente linda. De longe a mais gostosa [anotei mentalmente que iria parar de usar este termo] daquele bar. Estava usando um vestidinho preto, meio curto, talvez até um pouco vulgar. Mas no seu belo corpo qualquer coisa ficava lindo. Usava um salto vermelho que a deixava quase na minha altura. Veio caminhando toda cheia de si, e vários pares de olhos iam seguindo todos seus movimentos. O foda da Luciana, pensei, era que ela sabia que era desejada por todos, isso fazia com que ela ficasse mais bonita ainda. Era o oposto de Patrícia, que o não saber que era tão linda, fazia com que ela ficasse mais linda.
- Surpresa - estendeu os braços para mim.
- Lu.. - ainda estava embriagada pela sua beleza.
[Eu não sou cafajeste, anotei mais uma vez, dessa vez em negrito].
Ela não esperou que eu fizesse qualquer coisa, simplesmente me abraçou forte.
Ficamos os três dançando, ás vezes a Lu chegava mais perto, encostava todo seu corpo no meu, fazia com que sua coxa entrasse no meio das minhas pernas me puxando pela cintura.
Foi uma noite divertida, não tinha aquele compromisso com Luciana, estávamos apenas nos divertindo. Dé já tinha arranjado um cara, com quem estava num amasso quase pornográfico encostado na parede do nosso lado.
- Ele não tem jeito né? - falei rindo.
- Manu.. - ela falou se aproximando.
Colocou suas mãos sobre meus ombros, me deixando bem perto dela.
- Vamos lá para o hotel que a gente ta? Acho que o Dé vai ficar bem - olhando novamente para eles.
Dé empurrava o rapaz contra a parede. Eu ri, e pensei que tipo de namoro era aquele dele com o Beto, eles se traiam constantemente, como poderia dar certo um relacionamento aberto desse jeito?
- Vamos Manu - disse beijando minha orelha. Me arrepiei.
Subindo as escadinhas que davam pra a saída do bar, passamos pela Yumi. Ela estava ficando com um cara muito mais alto que ela, cabeludo, com uma camiseta xadrez estilo o Klark do Smilleville. Acho que o Dé estava errado.
Luciana ia me guiando segurando minha mão. Me fez lembrar das tantas vezes que já tínhamos ido naquele bar há tanto tempo atrás.
Naqueles tais cinco meses que fiquei sem falar com Patrícia, vínhamos seguido para cá curtir a noite aqui, nesse mesmo bar.
E era sempre desse jeito, vínhamos com o Dé, ele achava alguém, e nós íamos para algum motel qualquer acabar a noite.
Chegou a me dar uma pontada de nostalgia naquele momento.

Um comentário:

Anônimo disse...

nhainnnn
na melhor parte...
tinha, tem que terminar a noite com a Yumi
nana